Bem-vindo

Imaginei este espaço para a troca de informações a respeito dos diversos tipos de hobbies. Para mim, cozinhar degustando uma boa bebida, para outros, futebol, filmes, ler um bom livro. Para meu filho, colecionar álbum de figurinhas. De qualquer forma, seja qual for o hobby, sempre será uma forma agradável de se passar o tempo quando não se tem o que fazer ou quando já se fez o que tinha de fazer.
Vamos trocar informações tais como onde encontrar determinado produto, qual a melhor forma de utilizá-lo, receitas, enfim, tudo o que ajudar a tornar nosso tempo ocioso mais prazeroso.
Sejam bem-vindos, sugestões são bem-vindas e vamos iniciar a brincadeira.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Coleções: álbum de figurinhas


Hoje foi um dia em que meu filho ficou feliz da vida. Ele é apaixonado por álbum de figurinhas, principalmente as de futebol. Passamos em uma banca de revistas e havia um jornal da cidade com uma promoção: leve o jornal e ganhe o álbum de figurinhas da copa. Os olhinhos do meu filho brilharam. E os meus também, pois o jornal custava apenas R$1,00. Levamos o jornal, o álbum e 20 pacotinhos com 5 figurinhas cada para começar a brincadeira. Começa agora a corrida para completar o álbum. Para meu filho o trabalho é colar as figuras e separar as repetidas. Para mim, comprar os pacotinhos e levá-lo, todo o domingo, a uma praça da cidade onde colecionadores se reúnem para trocar figuras. Posso falar com conhecimento de causa que vale a pena. Passar um bom tempo com meu filho na caça às figuras, ouvindo suas histórias de como conseguiu essa ou aquela figura, na troca com os amigos e também, conhecer novas pessoas todo domingo, não tem preço. 

Coincidência ou não, hoje uma matéria do IG falava justamente sobre um colecionador de álbuns de figurinhas de futebol. Reproduzo agora a matéria do IG:

Seu Dida coleciona álbuns desde 1958, pegou uma série de autógrafos de craques do Brasil e ainda troca figurinhas

Dida tinha 14 anos quando viu, em 1958, o Brasil ganhar da Suécia por 5 a 2 e conquistar sua primeira Copa do Mundo. “Na época não tinha esses telões. Então ficavam umas lâmpadas verde e amarela indicando Brasil e azul o adversário”, ele lembra. “Elas iam acendendo conforme a bola estava pra uma ponta ou outra. Havia também as luzes do GOOOL, e quando acendiam era a maior bagunça. Coisa de louco.”
Como todo moleque apaixonado por futebol, Dida, que nasceu Genival e ganhou o apelido devido ao atacante do Flamengo que defendeu a seleção naquele ano, dividia o tempo entre a escola e as peladas com os amigos do Jardim São Luís, bairro na zona sul de São Paulo.
“Era uma época boa. A gente juntava todo mundo. Corintiano, são-paulino, palmeirense, todo mundo ia pro mesmo jogo. A gente tirava sarro um do outro, mas não tinha essa violência.”
Foi naquele ano que uma nova febre conquistou crianças e adolescentes País afora: o álbum oficial de figurinhas da seleção brasileira. “O de 58 foi o mais importante de todos”, ele defende e com razão. “Era uma briga pra conseguir as figurinhas”, diz.
Segundo Dida, hoje aposentado e com 70 anos, os cromos de Pelé
e Mané Garrincha eram os mais difíceis de achar. “Mas nem tanto
assim”, pondera. Para conseguir as figurinhas faltantes, a técnica era
lábia na hora de troca e também, é claro, se enfiar nas rodinhas de
bafo. “Tinha gente que usava a malandragem. Uns meninos sabiam e
amassavam a figurinha, então tinha que sempre ficar ligado.”  A
sorte de Dida, no entanto, não veio nos pacotes da editora Aquarela,
mas sim anos depois, quando ele se tornou jornalista esportivo e
passou a ter contato direto com os jogadores no dia a dia do
ofício, tendo trabalhado na Gazeta, Estado e outros frilas que ele nem
lembra mais. “Pegar as assinaturas foi o maior privilégio. Isso é
o mais gratificante.” O resultado foi o que pode ser considerado hoje
uma relíquia do futebol brasileiro: o álbum completo e com as
figurinhas assinadas por diversos campeões do mundo. “Tenho quase
todas assinadas. Um dos únicos que não assinou foi o Zagallo... O
Didi e o Dida também.” Mesmo com uma ou outra assinatura
faltando, o álbum de Dida permanece até hoje muito bem guardado e
ele garante: de casa não sai. “Não solto nem por reza braba”, diz.
“Já me ofereceram boa grana, mas não vale.” Mas quanta grana, seu
Dida? “Melhor não dizer não, senão vão sair falando aí.”  Junto do
álbum de 1958, Dida ainda guarda um livro de cards lançado
em 1963, com uma retrospectiva de seleções anteriores, também
cheio de autógrafos. “Esse eu herdei do meu pai”, conta. Também
um álbum cheio de fotos antigas dele ao lado de estrelas do esporte.
“Esse é meu padrinho de casamento. Sabe quem é?”, pergunta
apontando para uma foto em preto e branco. Com a negativa do
repórter, nascido no fim dos anos 1980, ele explica: “Ele é
presidente da CBF. É o José Maria Marin.”







Com o lançamento do álbum oficial da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, recém-chegado às bancas pela Panini, Genival pretende continuar firme com a paixão pelos cromos. “Fiz o de 2006, o de 2010. Ano passado também fiz o da Copa das Confederações.”
O espírito do moleque apaixonado pelas peladas, no entanto, permanece firme e forte. “Até hoje vou na banca, compro pacotinho, troco.” E a TV permanece ligada na sala de casa o tempo todo nos jogos, sejam eles do campeonato paulista, carioca, espanhol, inglês, francês ou o que for”, diz. "Eu parei [de ir ao estádio] pela violência. Mas o futebol aqui é sagrado.”
É isso aí. Quem quiser colecionar o álbum da copa, já está disponível nas bancas. E quem tiver figuras repetidas, pode-se organizar trocas, utilizando até mesmo este espaço. Na copa de 2010, eu e meu filho trocamos figurinhas com pessoas de várias partes do Brasil, foi muito divertido. Até a próxima.

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